Você neste momento parou pra refletir quanto tempo da tua vida passou na instituição? Uma conta rápida, sem equações muito elaboradas, mostra que foram ao menos onze anos e mais de treze 1000 horas dentro de salas de aula. É tempo para chuchu. E a comoção que fica é a de que muito se ouviu, estudou e escreveu, todavia boa fração disso foi pelo ralo após o vestibular. Pra piorar, descobrimos que não sabemos aquilo que verdadeiramente nos faz falta na existência adulta - desde como costurar a bainha de uma calça até como trocar a resistência de um chuveiro sem transportar choque.
Que a escola não existe - ou pelo menos não deveria haver - somente para nos preparar para o vestibular, disso a gente sabe (até porque o vestibular é um período um tanto fugaz da existência). Contudo em vista disso o que a faculdade deveria nos aconselhar? Muitos pedagogos acreditam que o propósito primeiro da educação é nos ensinar a compreender o espaço em que vivemos. “Precisamos compreender tudo aquilo que for vantajoso e nos der satisfação. É como transportar uma caixa em cada mão: a das ferramentas, que vão nos socorrer a desembaraçar todos os nossos dificuldades, e a dos brinquedos, que nos darão prazer. Nós não plantamos só o que necessitamos comer.
Plantamos bem como violetas, que são fantásticas e não servem para nada”, diz o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, da Faculdade de Genebra. Se tiver qualquer uso - não importa se prático ou poético -, até o assunto mais chato vai permanecer grudado na sua cabeça. “A nossa memória é como um escorredor de macarrão: a água escapa e só fica o que interessa, o que Leia Este método vai comer”, diz o educador, psicanalista e cronista Rubem Alves.
O defeito é que as escolas têm muitos alunos, cada um com um interesse diferente. Você pode encontrar que a trigonometria nunca lhe serviu para nada, porém seu amigo que virou engenheiro usa essas lições até hoje. “A universidade tem que atender a todos. Não tem jeito, é preciso preservar matérias que, futuramente, serão desprezadas por alguns”, reconhece Silvia Amaral de Mello Pinto, coordenadora do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento de São Paulo, um centro de estudos em psicopedagogia.
Assim sendo a todo o momento haverá alguém tristonho com a escola? Confira , sim. Porém não deveria Visite A Página Inicial . Pra Perrenoud, o principal defeito é que a universidade se preocupa muito mais em explicar teorias do que habilidades práticas e, com isso, os alunos não são treinados pra usar os conhecimentos em situações concretas.
Quase ninguém se lembra da hipótese da pirâmide alimentar enquanto está enchendo o prato no bandejão ou das aulas de botânica quando está caminhando numa floresta. Hipótese e prática não deveriam se suprimir - e distinguir simplesmente clique no seguinte web site de aula. No fim de contas, aprender fazendo as coisas, ao invés ficar ouvindo e copiando fórmulas, poderá ser mais competente mesmo que depois não se use nada disso.
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